Katerina,
completamente vestida com aquele fato, dirige-se novamente para o hall da sua suite.
Uma vez aí segue em direcção de uma das portas laterais, aquela que agora está
à sua esquerda. A pequena sala onde entra é apenas uma passagem para o elevador
todo em vidro para o qual entra de seguida. Desce apreciando o luar que as
nuvens voltaram a deixar brilhar. Sai para um corredor comprido com vista para
a mesma cascata por cima da qual passara para chegar à suite. Ao fundo está um
pórtico vermelho, como um de um templo japonês e atrás dele um portão com duas grandes
portas de madeira maciça. Katerina percorre o corredor desprezando a paisagem
olhando fixamente o pórtico. Quando o alcança pára debaixo dele, diante da
porta.
- Nunca conheci
a minha mãe. Os meus pais adoptivos apenas me deram uma carta que seria dela e
onde me pedia desculpa porque, se estava a ler aquelas linhas ela já não estava
no mundo dos vivos.
- O meu irmão
estava a seu lado quando ela a escreveu. Tinhas poucos dias de vida. Ela sabia
que o que aconteceu era inevitável, já tinha sido uma dádiva teres nascido.
- Ela sofreu
muito?
- É melhor que
não te conte, ias querer matar a mãe de Katerina e ela já está morta.
- E o meu pai,
porque é que não a impediu?
- Soube tarde
demais… pode não te servir de conforto mas os homens que a mataram não sofreram
menos quando ele os matou. Mas mudemos de assunto que isto é uma conversa para
termos quando estivermos fora daqui.
- Pois bem… então
e o que fazemos para isso? Mais alguma ideia?
- … estou a
pensar…
- Este complexo
não tem uma oficina?
- Tem mas é do
outro lado da garagem. Temos que dar a volta…
- Vamos?
- Vamos… por
aqui.
Yuri e Johanna
voltam para trás, passam pela cozinha e por mais um conjunto de outras salas por
onde já tinham passado. Descem ao rés-do-chão e contornam a escadaria e seguem
por um corredor comprido. Ao fundo deste entram por uma porta de serviço. Ao
contrário das outras salas, onde ao entrarem a sala se iluminava, a sala onde
entram permanece às escuras, a única luz é da luminária por cima da porta,
indicando a saída. Parece ser uma sala grande.
- Estamos na
oficina?
- Sim mas não
estou a gostar do facto de as luzes não terem acendido.
- Era o que ia
perguntar.
Yuri dirige-se
ao quadro eléctrico existente ao lado esquerdo da porta. Usa um punhal para se
certificar que não está armadilhado e depois abre-o. No disjuntor que acenderia
as luzes está pendurado um bilhete com uma mensagem breve numa letra desenhada:
“Estou à vossa
espera na sala de treino de Katerina”
Yuri fecha o
quadro eléctrico. A sala ilumina-se e podem ver que todas as ferramentas estão
destruídas, parecem derretidas. Yuri olha para Johanna.
- A pergunta
agora é: como queres morrer, às mãos dele ou a tentar fugir?
- … não sei
porquê mas nenhuma das opções me agradam…
- Compreendo-te
mas…
Johanna olha
Yuri e dirige-se para a porta. Ao tentar abri-la esta não mexe. Volta a olhar para
Yuri.
- Parece que ele
respondeu por ti…
- Como assim?
- … se esta
porta está fechada presumo que a única saída é por aquela ali. Curiosamente é
também o caminho mais directo para o local que nos indicou.
- Não queres
experimentar aquele portão?
- Não vejo que
valha a pena o esforço. Ele dá para o acesso à rua pelo que estará fechado como
todas as outras portas que tentámos antes…
Johanna
dirige-se ao portão. Verifica que os comandos não respondem. Pega numa vassoura
com cabo de madeira e encosta-a ao portão. Ouve-se um ligeiro zumbido e as
cerdas da vassoura começam a fumegar. Larga a vassoura e olha para Yuri que a
espera ao pé da porta que indicara. Caminha na direcção dele. Como Yuri previra
a porta está aberta. Passam por ela para um corredor de serviço por onde seguem.
A meio do percurso pelo corredor ouve-se água a correr.
- Que barulho é
este?
- Estamos a
passar por trás da cascata.
- Cascata? Ok…
Continuam a
andar. Chegam ao fim do corredor. Abrem outra porta de serviço entram na
extremidade de num corredor envidraçado. À sua esquerda um elevador. À sua
direita todo um corredor e ao fundo um pórtico vermelho à frente de um portão
com duas grandes portas de aspecto maciço. Debaixo do pórtico está um vulto
parado, de costas para eles e virado para o portão.
(continua)
FATifer
Caramba! Quem raio será o incréu que leva tudo à frente ehehehe
ResponderEliminarnoname,
Eliminar… como perguntas sem questionar eu também não respondo (mesmo se quisesse responder não sei se conseguiria) :P
Beijinho,
FATifer
Grrrrrrr!
ResponderEliminar:)
Meu amigo,
EliminarAlém de todas as maleitas que te afligem arranjaste alguma impressão na garganta, foi? :P
:)
Abraço,
FATifer
Mais um capítulo fantástico onde o suspense se intensifica!
ResponderEliminarPermite-me que manifeste uma impressão minha, FAT...
Ou muito me engano ou está prestes a acontecer um temível confronto, tipo frente-a-frente, apesar do vulto se encontrar de costas!! :)
Não vejo a hora de ver este mistério desvendado! É que é muita emoção junta; se a coisa se complica vai ser o cabo dos trabalhos...
Beijinhos! :)
Janita,
EliminarAinda bem que gostaste. Vamos lá ver se tens razão…
Beijinhos,
FATifer
A cada capitulo que passa o suspense aumenta cada vez mais!
ResponderEliminarSerá que no próximo o mistério fica desvendado?
Bjs :)
BM,
EliminarPalpita-me que não será já no próximo que terás grandes respostas :P
:)
Beijinhos,
FATifer