- Calma não te
vou fazer mal…
Johanna
reconhece a voz. É aquele homem, Yuri. Minimiza a tentativa de resistir e fica
na expectativa.
- Se queres
viver tens de vir comigo, sou a tua melhor chance. Vou destapar-te a boca, não
grites, por favor.
(Yuri retira a
mão da boca de Johanna)
- E devo confiar
em si só por causa daquele discurso sobre a promessa ao seu irmão?
- Por isso e
porque sabes que sozinha dificilmente sairás daqui com vida.
- Digamos que
estou convencida, vai largar-me?
- Se prometeres
não fugir. Não temos tempo a perder.
Katerina
dirige-se à porta da sala de vigilância com o olhar faiscante de raiva. Sobe as
escadas de dois em dois degraus. Ao cimo das escadas segue pela esquerda. Percorre
o corredor em passo apressado mesmo com as botas que tem calçadas. Chega
rapidamente à porta o fundo desta e por esta entra para uma pequena sala com
duas portas uma em frente e outra à direita. Dirige-se à que está à direita.
Coloca a palma da sua mão direita num retângulo ao lado da porta e esta abre. Entra
e a porta fecha-se atrás de si. Está num jardim.
Yuri ainda não
largara Johanna e estavam ambos a ser observados por aquele enorme tigre do
outo lado do vidro. Subitamente este coloca as patas novamente no chão emite um
som que se assemelha a um ronronar de um gato (um grande gato), volta-se e
desaparece rapidamente da frente deles.
- Vamos! Este
comportamento só tem uma explicação…
- Qual?
- A Katerina
está no jardim! Vamos, não podemos deixar que ela nos veja!
Yuri agarra na
mão de Johanna, que mal tem tempo de recuperar o sabre japonês que deixara cair
antes de ser puxada na direcção da porta mais próxima. Entram e encostam-se ambos
à porta. Yuri olha para Johanna, depois para o sabre na sua mão e sorri.
- Continuas a
não confiar em mim… assim é que é.
- … mesmo que
confiasse isto não ficaria bem no chão daquele corredor.
- Tens razão…
- E agora qual é
o plano?
Katerina
atravessa o jardim decididamente mas parece estar expectante. De repente, vindo
da sua direita, um tigre enorme aproxima-se dela. Ela pára ele aproxima-se.
Faz-lhe uma festa no alto da cabeça.
- Então Félix, o
que andavas tu a fazer meu bichinho? Estou com pressa não tenho tempo para
brincar contigo.
Katerina retoma
o caminho que levava em direcção a outra porta na extremidade do jardim oposta
àquela por onde entrara. O tigre olha, roda a cabeça para a esquerda e emite um
rugido breve mas profundo. Katerina segue em direcção à porta. Quando a alcança
digita um código num painel na própria porta e esta desliza para dentro da
parede permitindo-lhe a passagem. A porta fecha-se mesmo a tempo de impedir que
o tigre a conseguisse seguir. Está noutra pequena sala da qual sai pela única
outra porta existente após a ter aberto por leitura da palma da sua mão. Está no
canto mais à esquerda de um hall decorado de forma simples mas elegante. A meio
da parede oposta à sua esquerda está uma única porta. Na parede à sua direita,
mais três portas além da de onde veio. A parede mais ao fundo não tem qualquer
porta, apenas um grande quadro com a imponente figura de um homem de olhar
altivo mas ao mesmo tempo sinistro. Dirige-se à porta na parede oposta. Para
entrar, além da leitura da palma da mão direita digita um código que abre um
painel onde coloca a cabeça. Um feixe de luz verde faz a leitura do seu olho
esquerdo e a porta abre-se finalmente. Entra num corredor comprido todo em
vidro que passa por cima de uma cascata. No fim do corredor entra num pequeno
hall onde um feixe de luz azul faz o scan do espaço. A porta à sua frente
abre-se e ela entra.
- Plano? Vamos
aproveitar a distração que ele proporciona para fugirmos.
- Ele quem?
- Isso não
interessa. O que interessa é que ela vai estar distraída e isso dá-nos a melhor
oportunidade que poderíamos ter.
- Porque que é
que fico com a impressão que me está a esconder algo importante?
- Minha linda,
acredita que estar-te a contar a história agora só nos faria perder tempo.
(continua)
FATifer
Vá, manda lá mais!
ResponderEliminarA malta roí-se na expectativa...
:)
Caro amigo,
EliminarA malta que tenha calma que estou perante um outro dilema criativo :P
(estou indeciso entre várias ideias para o rumo e conclusão desta narrativa)
Grande abraço,
FATifer
Próximo ainda hoje, sff!
ResponderEliminar:)
BM,
EliminarEntristece-me não aceder a um pedido teu, tão educado e tudo mas ainda não escrevi mais!
Como dizia ali em cima estou indeciso entre várias ideias…
Beijinhos,
FATifer
Tal e qualmente isso Sô Gil :))
ResponderEliminarE o FAT já deu por isso e castiga... castiga... castiga eheheheh
noname,
Eliminaraaaa… até podia ser mesmo por sadismo, como já fui acusado (e verdade seja dita que, em geral, não gosto de ter fama sem ter proveito – daí que nos comentários do capítulo anterior ter dito que adiei a publicação deste). Mas, como afirmei acima, ainda não escrevi mais :(
Felizmente não é nenhum bloqueio, apenas uma indecisão criativa que solucionarei em breve ;)
Beijinhos,
FATifer
Já li, e fico à espera que isto leve um impulso forte...:)
ResponderEliminarBeijinhos, FAT!
Janita,
EliminarÉ exactamente a sensação que está na altura de caminhar para uma conclusão à altura que me coloca neste pequeno compasso de espera… (hoje não estou inspirado)
Beijinhos e bom fim de semana,
FATifer