Katerina está no
hall da sua suite. Tem três portas na parede à sua frente e outras duas, uma em
cada uma das paredes laterais daquele espaço. Dirige-se à porta mais à direita das
que tem em frente. Entra assim numa sala que mais parece um enorme
guarda-fatos. Uma quantidade enorme de peças de roupa, sapatos e acessórios
estão arrumados mas à vista e totalmente acessíveis. Dirige-se ao fundo da sala,
a uma vitrine onde está um fato completo com botas e uma máscara que mais
parece um capacete integral. Olha aquele fato e o seu olhar torna-se sombrio. Despe
o fato de pele que tem vestido. Abre a vitrine, retira e veste o fato que
contemplava.
- Vamos embora
daqui?
- vamos…
- Então
segue-me!
- ok…
Johanna, segue
Yuri. Passam de sala em sala o mais rápido possível, para quem não abdica de
algumas cautelas. Chegam a uma porta grande.
- Está fechada?!
Yuri dirige-se a
um teclado numérico ao lado da porta e digita uma sequência de números. Nada
acontece.
- Não pode ser!
Ele não conseguiria… anda vamos!
Yuri pega na mão
de Johanna e correm na direccão oposta à porta. Passam por mais uma quantidade
de salas até chegarem a uma cozinha. Dirigem-se a uma porta com ar de porta de
serviço. Yuri tenta abri-la mas também está fechada. Dirige-se a um elevador de
serviço e este também não responde.
- Isto não está
a acontecer! Grande…
- Estamos
fechados?
- Começo a
pensar que sim… estás a ver ali em cima da porta o orifício que permite a
abertura de emergência das portas do elevador? Está tapado. Isso não é bom
sinal, quer dizer que o complexo está “fechado”.
- Isso não soa
bem…
- … pois… em
teoria não há saída possível.
- E na prática?
- Estou a
pensar…
- Não podemos
partir uma janela, por exemplo?
- Não, são todas
de vidro à prova de bala. As portas são todas de metal reforçado, mesmo as que
parecem ou estão forradas de madeira. Aquele elevador, por exemplo, mesmo que
conseguíssemos abrir as portas terá lasers a impedir a passagem.
- Estou a ver… alguém
pensou em tudo.
- Pois… anda
vamos experimentar outra coisa.
Yuri dirige-se
para outra porta diferente da por onde entraram na cozinha e Johanna segue-o. Passam
por uma copa. Seguem por um corredor. Depois de mais algumas portas, chegam a
uma zona que parece ser um acesso a uma garagem. Yuri tenta abrir a porta, sem
sucesso. Pelo vidro na porta vêem-se carros e motos.
- Pensei que
esta porta pudesse estar aberta e conseguíssemos chegar à garagem.
- Pois ainda não
entendi porque é que não estão todas as portas fechadas?
- Ele não quis
fazer isso. Não quer alertar a Katerina.
- Como assim?
- Se colocasse o
complexo em “fecho total” ela saberia que ele está controlar a situação por
completo. Ele está a contar que ela continue a achar que ele é apenas um
mosquito que pode esmagar facilmente. Assim ela será menos cuidadosa.
- Ele… ele quem?
- O meu
argumento de há pouco perdeu força, não foi? O melhor é mesmo contar-te, pelo
menos alguma coisa.
(Johanna
responde com uma expressão facial/corporal de confirmação)
- Ele… digo “ele”
porque não sei o seu nome. Acho que ninguém sabe. “Shinigami” é o que muitos
usam quando se referem a ele.
(Johanna muda de
expressão)
- Viste esse
nome nos ficheiros do Pedro Castro, não foi?
- Foi… mas como
sabe isso?
- Eu sei muita
coisa. Como te dizia… não sei ao certo a sua idade. Sei que ele conhecia o pai
de Katerina, e teu também. Sei que ele construiu este complexo. E o mais
importante estou convicto que ele veio aqui para nos matar.
- A mim também?
- Pois… isso não
sei. Não sei se ele sabe que tu existes, isto é, que és quem és. E sabendo, se
sabe que estás aqui. Mas se souber vai querer matar-te também!
- Mas porquê?!
- Pelo simples
facto de seres filha de quem és.
- Shinigami?...
- Sim, é a
figura da mitologia japonesa análoga à nossa figura da morte.
- Decididamente
este dia não está a correr bem…
- É louvável que
mantenhas o sentido de humor! Sais à tua mãe…
Yuri sorri e
Johanna retribui.
(continua)
FATifer
Caracoles FAT atão??!!! Se matas tudo lá se vai a história... Abre lá uma portita, o "Ele" não é omnipotente, ou é? :))
ResponderEliminarVeremos noname, veremos… ;)
EliminarUma boa semana para ti.
Beijinho,
FATifer
...E eu retribuo igualmente o sorriso do Yuri que, neste caso - e em todos - és tu, FAT!! :)
ResponderEliminarMuito bom; mas vê lá se consegues tirar o pessoal de dentro desse edifício, antes que fiquem lá todos presos...:)
Beijinhos, boa semana de muita paz e inspiração!!
( se não der também não há problema. Roma e Pavia não se fizeram num dia. )
Janita,
EliminarO que me pedes é exactamente o contrário do que me está a dar tanto trabalho para tornar verosímil…
Obrigado, o mesmo para ti – uma óptima semana!
Beijinhos,
FATifer
Vê lá se no meio de tantas portas fechadas não encontras por aí uma parede falsa por onde eles se possam escapulir ;)
ResponderEliminarBolas, estes não merecem morrer! LOL
Beijinho e uma semana de grandes inspirações :)
BM,
EliminarPois, como disse à Janita, não me parece que vás ter o que desejas mas isso é apenas a minha opinião (que por acaso até importante uma vez que sou eu estou a contar a história!) ;)
Beijinhos e boa semana para ti,
FATifer