domingo, 29 de setembro de 2013

Felizmente tenho mais relógios…

Esta semana dois dos meus relógios pararam. Este é o facto. Ambos terão ficado sem pilha, é o que penso. Posso apenas aceitar, trocar as pilhas e não pensar mais no assunto ou começar a interrogar-me: qual será a probabilidade de tal coisa acontecer? Qual a probabilidade de tendo um relógio parado, colocar outro no pulso e um dia depois este parar também? E poderia começar a tentar atribuir significados a estes acontecimentos ou tentar “ver coisas”… mas o facto é que ambos pararam e apenas voltarão a ter utilidade quando mudar as pilhas pois, neste momento, apenas estão certos duas vezes por dia.
Felizmente tenho mais relógios…


FATifer

domingo, 22 de setembro de 2013

Viagens no meu mundo… XXII

Já abordei por várias vezes a analogia entre fazer um puzzle e a vida. Sempre que faço um (e acabo, porque nunca deixei nenhum por acabar) volto a pensar nela. Uns poderão dizer que falha pois na vida nunca temos a certeza de ter as peças todas. Por mais que outros afirmem que sim e digam que, as que achamos que não temos é porque não as estamos a ver, podemos ter essa certeza? É claro que quem já fez um puzzle sabe que há peças que por vezes olhamos e não temos a mínima ideia onde se encaixam, tentamos, olhamos, rodamos e nada feito. Colamo-las de lado e mais à frente, quase que instintivamente, vamos buscá-las porque só podem ser dali. Na vida isso também acontece, é verdade. Será que podemos/devemos viver com essa certeza que todas as peças estão ao nosso alcance? Se calhar sim… se calhar sempre que achamos que não é porque estamos a tentar fazer um puzzle com mais peças que as que na realidade temos que fazer. Mas lá está, na vida nem sempre temos a imagem para nos guiar. Nem sempre as peças estão todas dentro do saquinho da embalagem. Em ataques de raiva podemos até atirar tudo para o chão e as peças ficam espalhadas, algumas perdidas talvez. Depois temos de reunir tudo outra vez ou mudamos de imagem e temos de fazer novas peças…

Esta analogia tem mesmo muito que se lhe diga… sempre que faço um puzzle penso nela e hoje apeteceu-me voltar a escrever sobre o assunto porque acabei mais um. 


FATifer

domingo, 15 de setembro de 2013

Pequenos Prazeres…

Passei por esta loja

E não resisti a comprar…


… só posso dizer que vale a pena experimentar!

FATifer 

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Crónica motociclista III

Já abordei este assunto mas hoje tenho algo a acrescentar e não é bom… Já vos disse que, como motociclista, sou extremamente crítico de todos os automobilistas que atiram objectos pelas janelas dos carros. Em particular beatas! A minha opção de meio de transporte é a que é e já me chega tudo o resto que pode estar na estrada, não preciso da “ajuda” dos senhores automobilistas para levar com mais coisas. Já perdi a conta das vezes que de forma mais ou menos educada (dependendo do humor do momento) perguntei a um automobilista se o carro não tem cinzeiro. Mas porque volto a este assunto, perguntarão vocês? É simples, hoje perdi uma boa parte da ilusão que tinha que alguém poderia educar os senhores automobilistas neste aspecto (nem que fosse pela força). O que aconteceu? Por razões que não sei explicar tive de fazer (eu e todos os carros atrás) uma parte do percurso de regresso a casa atrás de um carro da brigada de trânsito. O “sr.” agente que se sentava no banco do pendura estava a fumar deitando a cinza janela fora e quando acabou o cigarro atirou-o para o chão! Por mais que sejam “deus” no que toca ao código da estrada, como posso estar à espera que chamem a atenção aos outros se também o fazem?!! Não me venham com o “façam o que eu digo, não façam o que eu faço”. Hoje fiquei muito triste ao ver o que relatei porque um dos deveres daqueles “senhores” é dar o exemplo, é para isso que eu lhes pago!

  

FATifer

sábado, 7 de setembro de 2013

História para Ulisses…

Como sabem não sou de responder a desafios mas como toda a regra tem excepção aqui fica uma história que escrevi em reposta a este desafio do Ulisses.


Lentamente abre os olhos e vê no tecto espelhado uma imagem que não lhe parece real. Demora uma fracção de segundo a convencer-se que as cinco mulheres à sua volta não são produto da sua imaginação, sente os braços de três em cima do seu corpo além de as ver. “Onde estou?” pensa, “o que aconteceu?” continua a interrogar-se enquanto tenta mexer-se de modo a não acordar louras ou morena, ruiva ou mulata. Está rodeado, se se tentar levantar vão acordar. Não sabe porquê mas não quer que tal aconteça. A pouco e pouco tenta reorganizar as ideias e reconstruir os eventos que o levaram a estar ali e agora. Como flashes de um filme vê cenas do dia anterior.

O acordar com um cheiro a café fresco e o som de uma porta a fechar-se. Ela tinha de ir cedo, avisara-o disso. Levantar-se vagarosamente guiado pelo cheiro a café. Beber a chávena deixada à sua espera abrindo os olhos finalmente. Olhando um papel com coordenadas GPS fixando-o e expelindo um anel de fumo do primeiro cigarro do dia, como que a marcar o seu objectivo: o local onde poderia encontrar alguém que andava a plagiá-lo.
 Vê-se a conduzir um velhinho UMM num trilho que mais parece um caminho de cabras.

Uma das louras mexe-se e ele fixa-a parando por instantes de “ver”. Ela continua a dormir e ele regressa às lembranças da sua odisseia.

Olhando em frente avista uma clareira, mais à frente o que parece ser uma passagem na parede de pedra do sopé do monte. Não se vê viva alma e o silêncio é apenas entrecortado pelo chilrear de um pássaro, de quando em vez, agora que o motor do seu UMM se silenciou. Pega na lanterna e na corda que tinha trazido “just in case” e dirige-se para a abertura. Penetra na pequena abertura entre as rochas cautelosamente, atento pois não lhe parece ser um bom local para ser surpreendido. Poucos passos para dentro da montanha pensa em acender a lanterna, continua a não ouvir nada a não ser os próprios passos. Ao longe avista uma luz.


- Ainda estás a tentar lembrar-te como vieste aqui parar?

Levanta cabeça na direcção da voz feminina sensual mesmo no tom trocista. Vê uma mulher alta toda vestida de cabedal preto e justo, evidenciando as formas perfeitas do seu corpo esbelto, escultural mesmo. Botas altas, saltos agulha. Longos cabelos pretos, pele branquíssima e olhos claros, um azul outro verde.

- Sim, estou aqui. Não sou um produto da tua imaginação!

Não consegue dizer nada. Procura desesperadamente em sua mente um flash onde ela apareça.

- Então elas estavam à altura das tuas fantasias? Não me digas que não te lembras!?

De repente recorda-se de tudo, da sala esculpida na rocha que encontrou, desta mulher sentada numa secretária enorme. Recorda a conversa que tiveram, o desafio dela. O desejo dele a noite…

- Boa tentativa mas não me vais fazer perder o desafio, não acordaram e está na altura de confirmares que cumpri o combinado.

Ela deu dois passo em direcção à cama onde ele estava e fitou-o soerguendo um dos cantos dos belos lábios pintados de vermelho.

- Foste um herói, cinco mulheres à tua volta dispostas a satisfazer todos os teus desejos e aguentaste, firme mesmo que hirto!

Solta uma gargalhada profunda que ecoa pelo quarto e faz despertar as cinco mulheres. Que se erguem lentamente olhando-o fixamente.

- E então tenho direito ao meu prémio?
- Tens e vou dar-te um bónus… vais ter-nos a todas… pode ser que assim fiques com material para mais uns livros para eu plagiar.

Solta outra gargalhada e com um gesto ordena as cinco mulheres a avançarem sobre o “pobre” Ulisses. Com dificuldade tenta registar todas as sensações que experiencia. Mãos que percorrem o seu corpo, bocas, línguas, lábios detêm-se em cada centímetro da sua pele. As suas mãos sentem, mamas, cús, vaginas húmidas. Por entre beijos e cabelos que lhe passam à frente dos olhos, observa como aquela mulher escultural se vai despindo para ele enquanto o vê ser “devorado” pelas outras cinco. As luvas e as calças jazem no chão enquanto desaperta o corpete. De seguida retira as botas que parecem deslizar sem esforço. Fica apenas de sutiã e fio dental olhando-o a ser comido. Sim porque todas se “serviam” do seu membro erecto que já sentira bocas, mãos, vulvas e até um cuzinho, apertadinho por sinal.

- Já chega, agora ele é meu!

As cinco mulheres afastam-se relutantemente, nos seus olhos ainda arde o desejo de o terem para elas. Ulisses tenta recuperar o fôlego enquanto observa aquela escultura viva a aproximar-se andando sobre a cama.

- Vá reclama o teu prémio…

Ulisses fixa aqueles olhos, um azul outro verde, levanta os braços na direcção dela, que está agora ajoelhada à sua frente. Retira a coleira de couro que permanecia no pescoço dela e faz deslizar as mãos ombros abaixo num gesto suave mas rápido baixando as alças do sutiã. Na continuação do movimento desaperta o fecho expondo os belos seios e os mamilos hirtos a pedirem atenção. Não resiste e abocanha um e depois o outro provocando os primeiros gemidos de prazer. As mãos continuam em trajectória descente até encontrarem a última peça de roupa que permanece e que é arrancada à quele corpo sem piedade. Sente-a encharcada ansiando por ele. Olha-a nos olhos que também não conseguem disfarçar a vontade. Empurra-a pelos ombros deixando-a deitada de pernas abertas à sua frente. Pega-lhe nos pés e passa a língua pelas solas de cada um dos dedos grandes. Afasta uma das pernas e desliza vagarosamente a língua pela outra em direcção ao vértice do prazer. Sente as costas dela arquearem quando a prova finalmente. Levanta-se debruçando-se em seguida sobre ela e colocando os seus lábios a milímetros dos dela. Encosta a ponta do seu falo à entrada da porta para o paraíso e sento o pulsar daquele corpo que deseja o dele.

- Vá fode-me porra!
- Estava a ver que não pedias…

Enfia-se nela de uma vez e sente uma explosão de energia a percorrer ambos os corpos unidos como um. A sintonia dos movimentos com o acelerar do ritmo compassado pelos gemidos, que se transformam em berros de prazer, enche o quarto. Não sabe quanto tempo durou, quantos orgasmos dela sentiu mas quando finalmente chega o seu, satisfá-lo que venha acompanhado de mais um dela.




Acorda com a boa seca, levanta-se e procura um papel. Tem de escrever o sonho que acaba de ter…




FATifer