Já abordei por várias vezes a analogia entre fazer um
puzzle e a vida. Sempre que faço um (e acabo, porque nunca deixei nenhum por
acabar) volto a pensar nela. Uns poderão dizer que falha pois na vida nunca
temos a certeza de ter as peças todas. Por mais que outros afirmem que sim e
digam que, as que achamos que não temos é porque não as estamos a ver, podemos
ter essa certeza? É claro que quem já fez um puzzle sabe que há peças que por
vezes olhamos e não temos a mínima ideia onde se encaixam, tentamos, olhamos,
rodamos e nada feito. Colamo-las de lado e mais à frente, quase que instintivamente,
vamos buscá-las porque só podem ser dali. Na vida isso também acontece, é
verdade. Será que podemos/devemos viver com essa certeza que todas as peças
estão ao nosso alcance? Se calhar sim… se calhar sempre que achamos que não é
porque estamos a tentar fazer um puzzle com mais peças que as que na realidade
temos que fazer. Mas lá está, na vida nem sempre temos a imagem para nos guiar.
Nem sempre as peças estão todas dentro do saquinho da embalagem. Em ataques de
raiva podemos até atirar tudo para o chão e as peças ficam espalhadas, algumas
perdidas talvez. Depois temos de reunir tudo outra vez ou mudamos de imagem e temos
de fazer novas peças…
Esta analogia tem mesmo muito que se lhe diga… sempre que
faço um puzzle penso nela e hoje apeteceu-me voltar a escrever sobre o assunto porque acabei mais um.
FATifer
ResponderEliminarGosto de puzzles mas nunca tive coragem de me meter a resolver um grande. Agora já tenho menos paciência para para essas coisas, a menos que seja algo que me estimule intelectualmente.
Quanto à analogia, acho que tem muito a ver sim... mas no caso da vida, as diversas peças só se vão conhecendo aos poucos com o decorrer do tempo e à medida que se vai vivendo.
Beijinhos que encaixam mesmo bem no teu rosto
(^^)
Minha amiga deusa,
EliminarO maior puzzle que fiz tinha 2000 peças e não o fiz sozinho, foi “trabalho” para toda a família! Mas já fiz vários de 1000 peças. Lembro-me até de um dia em que estive com uma amiga a acabar um puzzle dela até às duas da manhã! Por isso podes ver que quando falo de puzzles sei do que falo…
Quanto à analogia concordo com o que dizes mas concordarás que há quem pareça ter muito mais peças à partida ou seja muito melhor a encontrar as que quer/necessita… como disse é uma analogia com muito que se lhe diga!
Beijinhos às peças! :)
FATifer
Em conversas que tinha com uma amiga minha, costumava dizer-lhe que o problema é que as peças não tinham tamanhos uniformes, que nada no puzzle tinha sido feito para nos facilitar e que estavamos sempre a fazê-lo como se fossemos miupes, com os olhos s 1 cm, e por isso havia tantos enganos.
ResponderEliminarE quando se faz um puzzle, por vezes convém para, afastarmo-mos dele, ter uma sensação da imagem completa...
...por vezes basta isso para percebermos onde encaixa a peça que temos na mão...
:)
Caro Ulisses,
EliminarVejo que esta analogia não é nova para ti e concordo com o que conversavas com a tua amiga. A diferença está no grau de miopia de cada um e nessa capacidade de tentar ver a imagem como um todo. Há quem ache que não é míope e quem insista em martelar numa peça que já virou e revirou e viu que não encaixa!
Grande abraço,
FATifer
O problema é que há puzzles defeituosos...
ResponderEliminarBoa tarde, Fatifer! :)
Malena,
EliminarBem-vinda a este espaço.
Pois a questão dos puzzles defeituosos é semelhante à questão que coloco de não termos a certeza de ter todas as peças, pelo menos no que se refere a conseguirmos formar a imagem toda bonitinha. Claro que o que nos pode parecer defeituoso de um ponto de vista pode ser apenas uma ilusão de óptica, digo isto em linha com o que disse o Ulisses:
“E quando se faz um puzzle, por vezes convém parar, afastarmo-nos dele, ter uma sensação da imagem completa...”
Obrigado pela visita, volta sempre.
Beijinho e uma boa tarde também para ti,
FATfier