Como sabem não sou de responder a desafios mas como toda
a regra tem excepção aqui fica uma história que escrevi em reposta a este
desafio do Ulisses.
Lentamente abre os olhos e vê no tecto espelhado uma
imagem que não lhe parece real. Demora uma fracção de segundo a convencer-se
que as cinco mulheres à sua volta não são produto da sua imaginação, sente os
braços de três em cima do seu corpo além de as ver. “Onde estou?” pensa, “o que
aconteceu?” continua a interrogar-se enquanto tenta mexer-se de modo a não
acordar louras ou morena, ruiva ou mulata. Está rodeado, se se tentar levantar
vão acordar. Não sabe porquê mas não quer que tal aconteça. A pouco e pouco
tenta reorganizar as ideias e reconstruir os eventos que o levaram a estar ali
e agora. Como flashes de um filme vê
cenas do dia anterior.
O acordar com um cheiro a café fresco e o som de uma
porta a fechar-se. Ela tinha de ir cedo, avisara-o disso. Levantar-se
vagarosamente guiado pelo cheiro a café. Beber a chávena deixada à sua espera
abrindo os olhos finalmente. Olhando um papel com coordenadas GPS fixando-o e
expelindo um anel de fumo do primeiro cigarro do dia, como que a marcar o seu
objectivo: o local onde poderia encontrar alguém que andava a plagiá-lo.
Vê-se a conduzir
um velhinho UMM num trilho que mais parece um caminho de cabras.
Uma das louras mexe-se e ele fixa-a parando por instantes
de “ver”. Ela continua a dormir e ele regressa às lembranças da sua odisseia.
Olhando em frente avista uma clareira, mais à frente o
que parece ser uma passagem na parede de pedra do sopé do monte. Não se vê viva
alma e o silêncio é apenas entrecortado pelo chilrear de um pássaro, de quando
em vez, agora que o motor do seu UMM se silenciou. Pega na lanterna e na corda
que tinha trazido “just in case” e dirige-se para a abertura. Penetra na
pequena abertura entre as rochas cautelosamente, atento pois não lhe parece ser
um bom local para ser surpreendido. Poucos passos para dentro da montanha pensa
em acender a lanterna, continua a não ouvir nada a não ser os próprios passos. Ao
longe avista uma luz.
- Ainda estás a tentar lembrar-te como vieste aqui parar?
Levanta cabeça na direcção da voz feminina sensual mesmo
no tom trocista. Vê uma mulher alta toda vestida de cabedal preto e justo, evidenciando
as formas perfeitas do seu corpo esbelto, escultural mesmo. Botas altas, saltos
agulha. Longos cabelos pretos, pele branquíssima e olhos claros, um azul outro
verde.
- Sim, estou aqui. Não sou um produto da tua imaginação!
Não consegue dizer nada. Procura desesperadamente em sua
mente um flash onde ela apareça.
- Então elas estavam à altura das tuas fantasias? Não me
digas que não te lembras!?
De repente recorda-se de tudo, da sala esculpida na rocha
que encontrou, desta mulher sentada numa secretária enorme. Recorda a conversa
que tiveram, o desafio dela. O desejo dele a noite…
- Boa tentativa mas não me vais fazer perder o desafio,
não acordaram e está na altura de confirmares que cumpri o combinado.
Ela deu dois passo em direcção à cama onde ele estava e
fitou-o soerguendo um dos cantos dos belos lábios pintados de vermelho.
- Foste um herói, cinco mulheres à tua volta dispostas a
satisfazer todos os teus desejos e aguentaste, firme mesmo que hirto!
Solta uma gargalhada profunda que ecoa pelo quarto e faz
despertar as cinco mulheres. Que se erguem lentamente olhando-o fixamente.
- E então tenho direito ao meu prémio?
- Tens e vou dar-te um bónus… vais ter-nos a todas… pode
ser que assim fiques com material para mais uns livros para eu plagiar.
Solta outra gargalhada e com um gesto ordena as cinco
mulheres a avançarem sobre o “pobre” Ulisses. Com dificuldade tenta registar
todas as sensações que experiencia. Mãos que percorrem o seu corpo, bocas,
línguas, lábios detêm-se em cada centímetro da sua pele. As suas mãos sentem,
mamas, cús, vaginas húmidas. Por entre beijos e cabelos que lhe passam à frente
dos olhos, observa como aquela mulher escultural se vai despindo para ele enquanto
o vê ser “devorado” pelas outras cinco. As luvas e as calças jazem no chão
enquanto desaperta o corpete. De seguida retira as botas que parecem deslizar
sem esforço. Fica apenas de sutiã e fio dental olhando-o a ser comido. Sim
porque todas se “serviam” do seu membro erecto que já sentira bocas, mãos,
vulvas e até um cuzinho, apertadinho por sinal.
- Já chega, agora ele é meu!
As cinco mulheres afastam-se relutantemente, nos seus
olhos ainda arde o desejo de o terem para elas. Ulisses tenta recuperar o
fôlego enquanto observa aquela escultura viva a aproximar-se andando sobre a
cama.
- Vá reclama o teu prémio…
Ulisses fixa aqueles olhos, um azul outro verde, levanta
os braços na direcção dela, que está agora ajoelhada à sua frente. Retira a
coleira de couro que permanecia no pescoço dela e faz deslizar as mãos ombros
abaixo num gesto suave mas rápido baixando as alças do sutiã. Na continuação do
movimento desaperta o fecho expondo os belos seios e os mamilos hirtos a
pedirem atenção. Não resiste e abocanha um e depois o outro provocando os
primeiros gemidos de prazer. As mãos continuam em trajectória descente até
encontrarem a última peça de roupa que permanece e que é arrancada à quele
corpo sem piedade. Sente-a encharcada ansiando por ele. Olha-a nos olhos que
também não conseguem disfarçar a vontade. Empurra-a pelos ombros deixando-a
deitada de pernas abertas à sua frente. Pega-lhe nos pés e passa a língua pelas
solas de cada um dos dedos grandes. Afasta uma das pernas e desliza vagarosamente
a língua pela outra em direcção ao vértice do prazer. Sente as costas dela arquearem
quando a prova finalmente. Levanta-se debruçando-se em seguida sobre ela e colocando
os seus lábios a milímetros dos dela. Encosta a ponta do seu falo à entrada da
porta para o paraíso e sento o pulsar daquele corpo que deseja o dele.
- Vá fode-me porra!
- Estava a ver que não pedias…
Enfia-se nela de uma vez e sente uma explosão de energia
a percorrer ambos os corpos unidos como um. A sintonia dos movimentos com o
acelerar do ritmo compassado pelos gemidos, que se transformam em berros de
prazer, enche o quarto. Não sabe quanto tempo durou, quantos orgasmos dela
sentiu mas quando finalmente chega o seu, satisfá-lo que venha acompanhado de
mais um dela.
Acorda com a boa seca, levanta-se e procura um papel. Tem
de escrever o sonho que acaba de ter…
FATifer
Como é evidente, até por uma questão de alguma imparcialidade, não vou comentar esta história no meu canto, mas comento aqui:
ResponderEliminar-Curti aos molhos :)
Um Grande Abraço
:)
Caro Ulisses,
EliminarEm primeiro lugar apaguei um dos teus comentários só porque não gosto de duplicações.
Ficou contente que tenhas gostado. Acho que é evidente que não tenho o mesmo jeito que tu e outros para a escrita erótica mas de vez em quando até me surpreendo ;)
Aproveito para agradecer o “mui ilustre” e o “grande” que me atribuíste :)
Obrigado por me motivares a escrever algo assim, coisa que não fazia há uns tempos!
Um grande abraço também para ti,
FATifer
Ainda estou a tentar perceber o que é um teto. A fêmea da teta? Abraço!
ResponderEliminarCaro amigo,
EliminarObrigado pela chamada de atenção (fdp do corrector ortográfico!), já corrigi para te tirar as dúvidas. Por mais que fale de tetas mais à frente no texto no início era “tecto” que devia ter escrito (e já agora “teto”, quanto muito, seria o masculino de teta! :P).
E ao menos gostaste do texto?
Abraço para ti também,
FATifer
Um texto bem erótico, que de alguma forma evidencia "os sonhos" de alguns homens... :)))
ResponderEliminarMas gostei da história! :D
Beijocas!
Teté,
EliminarDado o cariz do espaço do Ulisses e o desafio em si, achei que seria uma maldade e ao mesmo tempo muito pouco dentro do espírito do desafio se o colocasse como protagonista de uma conto da carochinha! :)
Ainda bem que te agradou, sabes que valorizo bastante a tua opinião.
Beijinhos,
FATifer
O texto está fixolas, sim senhor, então agora que tem um tecto sobre a cabeça, nem se fala! Abraço!
ResponderEliminarMeu amigo,
EliminarObrigado mais uma vez pela revisão do texto e ainda bem que te agradou minimamente…
Abraço,
FATifer