Estou à beira do
precipício… a vontade é dar o passo em frente mas algo me impede… não é nada físico
(corda ou amarra mesmo que metafóricas) mas algo me impede. Devia simplesmente
deixar-me cair, era o mais fácil… mas nunca gostei de coisas fáceis! Por agora
vou continuar aqui a olhar, fingindo não saber que, mais cedo ou mais tarde,
vou ter de me mexer. Quer por mim ou porque me empurrem, é uma questão de
tempo. Há muito que a estrada é ladeada pelo precipício. Poucas vezes parei e olhei
para baixo mas momentos como este vão sempre ocorrer. Ou porque a estrada passa
a trilho e me coloca mais próximo da borda ou porque simplesmente a paisagem do
outro lado parece não ter qualquer interesse.
Estou à beira do
precipício… e não me mexo…
FATifer
Fizeste-me lembrar : "O país estava à beira do abismo, mas agora a situação é outra : demos um passo em frente. Ou :"Os portugueses já não estão perante o abismo com que estavam confrontados há 4 anos atrás. Agora, deram um passo em frente !
ResponderEliminarrsrsrs
Abraço ! :))
Rui,
EliminarContrariamente às citações que lembras (às quais podias juntar a de um jogador de um certo clube de futebol mesmo que este tenha empregue a palavra “abismo”), digo o que digo como metáfora mas consciente do que é um precipício e quais são as consequências esperadas do “passo em frente”…
Abraço e bom fim de semana para ti,
FATifer
Andei a ler vários 'Monólogos...', até que eles foram desembocar no OrgiadePalavras com a etiqueta 'Divagações'.
ResponderEliminarDivagando ou monologando, todos estes textos estão envoltos em algo que não quero adjectivar, por desconhecimento de causa,e, porque não devo!
Só sei que não vislumbrei um único texto onde a esperança abrisse um rasgo de claridade.
Como já me puseste à vontade na questão de palpitar/opinar, vou arriscar dizer-te isto, também em tom metafórico:
Se te sentes à beira do precipício, mas há algo que te impede de dar o passo em frente, recua. Recua devagar, volta-te lentamente e depois segue na direcção contrária do precipício. Olha em frente e arrisca na mudança!!
Sabes que só tens uma vida para viver...Vive-a!
Sai da tua zona de conforto...mesmo sem saber bem o que queres...procura!! Não deixes que a vida te passe ao lado. Olha, que fala quem sabe o que diz! :)
Beijinhos, FAT!!
Janita,
EliminarPodes adjectivar à vontade. Estes textos são, como o título indica, feitos para mim. Não tem de haver esperança. Uso-os na maioria das vezes para colocar em perspetiva situações, estados de espírito, sentimentos. Só eu sei do que na realidade estou a falar (por mais que em alguns não seja nada difícil intuir). Podia não os publicar mas comecei a fazê-lo, talvez por vaidade, uma vez que alguns estão, na minha opinião (que é suspeita obviamente), dignos de ser lidos por outrem. Um bom exemplo será o primeiro de todos com este título:
http://aorgiadepalavras.blogspot.pt/2009/06/monologo-de-mim.html
Sim no Orgia não cheguei a criar esta etiqueta, só o fiz quando criei este espaço.
Agradeço as tuas palavras e sei que são bem intencionadas mas cada um lida com sua vida como entende. Embora em muitos casos seja o primeiro a falar em esperança com quem sei que precisa dessa atenção, comigo não é necessário que façam o mesmo. A noção de “aproveitar a vida” é muito subjectiva e nem vou entrar em questões como “zona de conforto” e “saber o que se quer” senão ficaria aqui o resto do dia a escrever.
Volto a agradecer o teu carinho e preocupação.
Beijinhos e bom Domingo para ti,
FATifer
Olá, FATifer.
EliminarFui ler o teu 1º post de 2009, com este título, e gostei muito, claro!
Não é novidade para ti o quanto gosto dos teus textos, especialmente destes em que te perdes no teu EU.
E mais não direi, já que sendo tu do contra, nunca irás aceitar nada que eu possa dizer...:)
E se calhar tens razão. Cada um é dono da sua vida e encara os seus fantasmas como melhor entende.
A mim, nada tens a agradecer, tudo o que digo e faço é porque quero e gosto.
Beijinhos e boa semana. Fica bem.
Janita,
EliminarClaro que gosto de saber que te agradou… é um daqueles textos que depois de escrever e ler, fiquem bem satisfeito com o que tinha à frente (daí ter falado em vaidade). ;)
Na minha vida retirando todas as condicionantes de viver sociedade e afins (o que já é bastante) no dia em que me tirarem a ilusão por completo que sou eu que mando, suspeito que não haverá dia seguinte mas tal dificilmente acontecerá pois, como já disse, sou um privilegiado que “reclama“ de barriga cheia. ;)
Beijinhos e boa semana para ti também,
FATifer
Não encontraria melhores palavras que as da Janita.
ResponderEliminarDos abismos devemos sempre fugir, e para isso, fazer o que ainda não foi feito.
E tanta vezes por medo de arriscar, anão fazemos...
Abreijo daqui até aí
Noname,
EliminarPorque gosto sempre de ser do contra dir-te-ia que até podermos procurar os abismos desde que tenhamos a noção de onde é o fundo e depois podemos fazer bungee jumping ou base jumping, por exemplo. Dito isto, apenas para te contrariar, descanso-te dizendo que nunca fiz nem tenciono fazer mas, como em tudo, tento ver todas possibilidades que existem ;)
A questão do medo de arriscar também daria pano para mangas mas hoje tenho destinado “não fazer nada” e por isso não me dá jeito ficar aqui o resto do dia a escrever.
Obrigado pelo abreijo que retribuo!
FATifer
PS – Quem me deu a conhecer esse termo e conceito “abreijo” foi a Afrodite com quem partilhava o Orgia (não confundir com a Afrodite do blog Jardins de Afrodite). Agora quando o li lembrei-me… obrigado pela memória que proporcionaste! :)
Meu amigo,
ResponderEliminarNão caminhamos todos em cima de uma corda esticada por cima do abismo?
A nossa única escolha é se olhamos em frente e continuamos ou separamos e olhamos para baixo...
:)
Meu caro amigo,
EliminarA metáfora que usas é bem mais poderosa (e talvez “real”) que a que usei. Dentro dela, diria que sou especialista em olhar par baixo mas apenas porque sei que não caio (mesmo não sabendo completamente porquê apenas sei que não caio!) ;)
Um grande abraço!
FATifer