Foi ao ver este vídeo:
de um projecto que recomendo que acompanhem, que, como até comentei no "livro das caras", me lembrei que tinha na estante por ler o livro que ontem acabei de ler:
Gostei bastante ao ponto de recomendar que
leiam… ficam algumas citações:
“… uma vez que a ciência não também não é o
supremo juiz da verdade.
Na verdade, a ciência apenas faz o que
pode, co a tradição e recursos que tem.”
“Como médico, habituei-me a tratar os
doentes, e sempre me pareceu chamar sistema de saúde ao conjunto das
organizações que lidam com a doença. Acho até que a saúde, a felicidade e o êxito
dependem essencialmente de outras actividades e instituições sociais que não as
terapêuticas.”
“Depois dos capítulos anteriores, será
natural que me preguntem para não ser doente mental. É a velha questão do que é
ser normal ou, pelo menos, mentalmente saudável. Mas aqui, desculpe-me o leitor,
estou pouco habilitado para lhe dar receitas seguras. Aliás, desconfio que alguém
o esteja embora não faltem propostas. O certo é que, existindo poucas maneiras
de se tornar doente (basicamente os 6 mecanismos propostos em cada um dos
capítulos anteriores), existem milhares de maneiras de se tornar saudável.”
“Até pode acontecer que que o leitor se
tenha identificado parcialmente com algumas das patologias propostas. Não se preocupe
com isso. Todos temos o direito de ser um bocadinho fóbicos quando a desgraça
se abate sobre nós, um pouco paranóides quando nos envolvemos numa luta
difícil, ligeiramente obsessivos enquanto estudamos a complexidade das coisas,
um pouco histriónicos quando nos queremos impor aos outros. Da tendência esquizoide
nascem teorias inovadoras e, através das mudanças de humor, a criatividade. Se
o leitor consegue fazer tudo isto com sucesso, os meus parabéns: sabe respeitar
os contextos da vida e adequar-se a eles. E, embora sejam admissíveis algumas combinações
verdadeiramente patológicas, ter todas as doenças é o mesmo que não ter
nenhuma. O importante é que a sua vida seja bem sucedida, você não se queixe e
os outros também não se queixem de si (a não ser que seja político, caso em que
todos se queixarão).”
“… a maior parte
dessas regras não estão escritas em lado nenhum. Resultam
de um acordo tácito entre as pessoas. Muitas vezes não passam por palavras ou,
se passam, estas servem apenas para as disfarçar, mantendo-as num segredo que
convém aos melhores jogadores.”
“ A fome de regras e certezas é muito
humana, mas o seu exagero pode conduzi-lo ao serviço de líderes paranóides.”
FATifer
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