sábado, 15 de outubro de 2016

O último que acabei de ler… (XIX)

A Stranger in a Strange Land – Rober A. Heinlein

Há muito que este livro me tinha sido recomendado por alguém que estimo. Contrariando a minha regra pessoal de preferir ler o original, comecei por ler uma tradução para português (ou deveria dizer brasileiro) que não me deixou totalmente satisfeito, em grande medida pela noção com que fiquei que o texto estaria repleto de expressões idiomáticas que invariavelmente se perdem (ou perdem força) na tradução (por muito bom que seja o tradutor). Li por isso o original, em inglês, e constatei que tinha razão.
O livro é (como disse quem recomendou) “alimento para a mente” (sim todos os livros serão mas uns mais que outros, tal como os alimentos em si). Toda a história parece uma “desculpa” para uma profunda reflexão sobre a própria humanidade (mesmo que centrada num ponto de vista da cultura anglo-saxónica):

“… were infected with that oddity of distorted entropy called life.”

Deixo apenas mais umas citações curtas pois outras seriam demasiado longas e possivelmente necessitariam de contextualização.

“Customs, morals… is there a difference?”

“I’ve found out why people laugh. They laugh because it hurts so much… beucause it is the only thing that’ll make them stop hurting.
But find me something that relly make you laugh, sweetheart… a joke, or anything else, but something that gave you a real belly laugh, not a smile. Then we’ll see if there isn’y a wrongness in it somewhere and whether you would laugh if the wrongness wasn’t there.”

“Goodness without wisdom invariably accomplishes evil”

“Age does not give wisdom,…, but it does give prespective…”


Uma nota final. Sendo um livro de ficção ciêntifica com muitos anos, é igualmente delicioso analisar a visão do futuro do autor.


FATifer

7 comentários:

  1. Sei da tua paixão por livros de ficção científica e também pelo prazer que te proporciona a leitura dos originais, não me admiro, portanto, de teres lido este duas vezes! :)
    Já eu, não sei se já o disse, não consigo gostar do género. Prefiro temas mais verosímeis, ou não o sendo tanto, me façam empolgar. Como os bons policiais, por exemplo.

    Beijinhos, FAT. Bom Domingo e boas leituras...:)

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    1. * onde se lê- «de teres lido» leia-se: 'que tenhas lido'. Soa-me melhor e creio ser a forma correcta, em bom português!...;))

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    2. Janita,

      Como tentei transmitir, este não é apenas um livro de ficção ciêntifica. As reflexões que deixa não seriam tão verosímeis num policial. Mas sim, já tinhas dito e respeito o teu gosto, eu até gosto de policiais! ;)

      Beijinhos,
      FATifer

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  2. Cá por casa lê-se muita ficção científica. Há centenas de livros de FC!

    (E agora por isso, ou por outra coisa qualquer... o menino não quererá pegar no motão e vir até S. Pedro de Muel no próximo domingo para o 4º encontro de bloggers? Diga coisas... Beijinho. Graça)

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    1. A Janita não gosta mas há quem goste, não é Graça? ;)

      Quanto ao almoço, como disse nos jardins da nossa deusa, não estarei presente. Actualmente, com o pé ainda em gesso, de moto seria impossível. Não tenho dúvidas que os que estiverem presentes se vão divertir.

      Cumprimentos,
      FATifer

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  3. Hehehe

    Finalmente percebeste porque é que me forço a ler este livro (e não é um esforço muito grande diga-se) todos os anos...
    ...perspectiva! Este livro é brutal ao acrescentar-te perspectivas diferentes do que é o ser humano! E se calhar ao fazer-te pensar no que é que faz de ti humano!

    Fortíssimo Abraço

    :)

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    1. Meu caro amigo,

      Acredita que entendo e concordo. Há passagens que podemos ler várias vezes e mesmo assim ainda encontrar novas “leituras” no que está escrito.

      Obrigado e um grande abraço,
      FATifer

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