A Stranger
in a Strange Land – Rober A. Heinlein
Há muito que este livro me tinha sido recomendado por
alguém que estimo. Contrariando a minha regra pessoal de preferir ler o original,
comecei por ler uma tradução para português (ou deveria dizer brasileiro) que
não me deixou totalmente satisfeito, em grande medida pela noção com que fiquei
que o texto estaria repleto de expressões idiomáticas que invariavelmente se
perdem (ou perdem força) na tradução (por muito bom que seja o tradutor). Li
por isso o original, em inglês, e constatei que tinha razão.
O livro é (como disse quem recomendou) “alimento para a
mente” (sim todos os livros serão mas uns mais que outros, tal como os alimentos
em si). Toda a história parece uma “desculpa” para uma profunda reflexão sobre
a própria humanidade (mesmo que centrada num ponto de vista da cultura
anglo-saxónica):
“… were
infected with that oddity of distorted entropy called life.”
Deixo apenas mais umas citações curtas pois outras seriam
demasiado longas e possivelmente necessitariam de contextualização.
“Customs,
morals… is there a difference?”
“I’ve
found out why people laugh. They laugh because it hurts so much… beucause it is
the only thing that’ll make them stop hurting.
…
But find
me something that relly make you laugh, sweetheart… a joke, or anything else,
but something that gave you a real belly laugh, not a smile. Then we’ll see if
there isn’y a wrongness in it somewhere and whether you would laugh if the wrongness
wasn’t there.”
“Goodness
without wisdom invariably accomplishes evil”
“Age
does not give wisdom,…, but it does give prespective…”
Uma nota
final. Sendo um livro de ficção ciêntifica com muitos anos, é igualmente
delicioso analisar a visão do futuro do autor.
FATifer
Sei da tua paixão por livros de ficção científica e também pelo prazer que te proporciona a leitura dos originais, não me admiro, portanto, de teres lido este duas vezes! :)
ResponderEliminarJá eu, não sei se já o disse, não consigo gostar do género. Prefiro temas mais verosímeis, ou não o sendo tanto, me façam empolgar. Como os bons policiais, por exemplo.
Beijinhos, FAT. Bom Domingo e boas leituras...:)
* onde se lê- «de teres lido» leia-se: 'que tenhas lido'. Soa-me melhor e creio ser a forma correcta, em bom português!...;))
EliminarJanita,
EliminarComo tentei transmitir, este não é apenas um livro de ficção ciêntifica. As reflexões que deixa não seriam tão verosímeis num policial. Mas sim, já tinhas dito e respeito o teu gosto, eu até gosto de policiais! ;)
Beijinhos,
FATifer
Cá por casa lê-se muita ficção científica. Há centenas de livros de FC!
ResponderEliminar(E agora por isso, ou por outra coisa qualquer... o menino não quererá pegar no motão e vir até S. Pedro de Muel no próximo domingo para o 4º encontro de bloggers? Diga coisas... Beijinho. Graça)
A Janita não gosta mas há quem goste, não é Graça? ;)
EliminarQuanto ao almoço, como disse nos jardins da nossa deusa, não estarei presente. Actualmente, com o pé ainda em gesso, de moto seria impossível. Não tenho dúvidas que os que estiverem presentes se vão divertir.
Cumprimentos,
FATifer
Hehehe
ResponderEliminarFinalmente percebeste porque é que me forço a ler este livro (e não é um esforço muito grande diga-se) todos os anos...
...perspectiva! Este livro é brutal ao acrescentar-te perspectivas diferentes do que é o ser humano! E se calhar ao fazer-te pensar no que é que faz de ti humano!
Fortíssimo Abraço
:)
Meu caro amigo,
EliminarAcredita que entendo e concordo. Há passagens que podemos ler várias vezes e mesmo assim ainda encontrar novas “leituras” no que está escrito.
Obrigado e um grande abraço,
FATifer