sábado, 7 de setembro de 2013

História para Ulisses…

Como sabem não sou de responder a desafios mas como toda a regra tem excepção aqui fica uma história que escrevi em reposta a este desafio do Ulisses.


Lentamente abre os olhos e vê no tecto espelhado uma imagem que não lhe parece real. Demora uma fracção de segundo a convencer-se que as cinco mulheres à sua volta não são produto da sua imaginação, sente os braços de três em cima do seu corpo além de as ver. “Onde estou?” pensa, “o que aconteceu?” continua a interrogar-se enquanto tenta mexer-se de modo a não acordar louras ou morena, ruiva ou mulata. Está rodeado, se se tentar levantar vão acordar. Não sabe porquê mas não quer que tal aconteça. A pouco e pouco tenta reorganizar as ideias e reconstruir os eventos que o levaram a estar ali e agora. Como flashes de um filme vê cenas do dia anterior.

O acordar com um cheiro a café fresco e o som de uma porta a fechar-se. Ela tinha de ir cedo, avisara-o disso. Levantar-se vagarosamente guiado pelo cheiro a café. Beber a chávena deixada à sua espera abrindo os olhos finalmente. Olhando um papel com coordenadas GPS fixando-o e expelindo um anel de fumo do primeiro cigarro do dia, como que a marcar o seu objectivo: o local onde poderia encontrar alguém que andava a plagiá-lo.
 Vê-se a conduzir um velhinho UMM num trilho que mais parece um caminho de cabras.

Uma das louras mexe-se e ele fixa-a parando por instantes de “ver”. Ela continua a dormir e ele regressa às lembranças da sua odisseia.

Olhando em frente avista uma clareira, mais à frente o que parece ser uma passagem na parede de pedra do sopé do monte. Não se vê viva alma e o silêncio é apenas entrecortado pelo chilrear de um pássaro, de quando em vez, agora que o motor do seu UMM se silenciou. Pega na lanterna e na corda que tinha trazido “just in case” e dirige-se para a abertura. Penetra na pequena abertura entre as rochas cautelosamente, atento pois não lhe parece ser um bom local para ser surpreendido. Poucos passos para dentro da montanha pensa em acender a lanterna, continua a não ouvir nada a não ser os próprios passos. Ao longe avista uma luz.


- Ainda estás a tentar lembrar-te como vieste aqui parar?

Levanta cabeça na direcção da voz feminina sensual mesmo no tom trocista. Vê uma mulher alta toda vestida de cabedal preto e justo, evidenciando as formas perfeitas do seu corpo esbelto, escultural mesmo. Botas altas, saltos agulha. Longos cabelos pretos, pele branquíssima e olhos claros, um azul outro verde.

- Sim, estou aqui. Não sou um produto da tua imaginação!

Não consegue dizer nada. Procura desesperadamente em sua mente um flash onde ela apareça.

- Então elas estavam à altura das tuas fantasias? Não me digas que não te lembras!?

De repente recorda-se de tudo, da sala esculpida na rocha que encontrou, desta mulher sentada numa secretária enorme. Recorda a conversa que tiveram, o desafio dela. O desejo dele a noite…

- Boa tentativa mas não me vais fazer perder o desafio, não acordaram e está na altura de confirmares que cumpri o combinado.

Ela deu dois passo em direcção à cama onde ele estava e fitou-o soerguendo um dos cantos dos belos lábios pintados de vermelho.

- Foste um herói, cinco mulheres à tua volta dispostas a satisfazer todos os teus desejos e aguentaste, firme mesmo que hirto!

Solta uma gargalhada profunda que ecoa pelo quarto e faz despertar as cinco mulheres. Que se erguem lentamente olhando-o fixamente.

- E então tenho direito ao meu prémio?
- Tens e vou dar-te um bónus… vais ter-nos a todas… pode ser que assim fiques com material para mais uns livros para eu plagiar.

Solta outra gargalhada e com um gesto ordena as cinco mulheres a avançarem sobre o “pobre” Ulisses. Com dificuldade tenta registar todas as sensações que experiencia. Mãos que percorrem o seu corpo, bocas, línguas, lábios detêm-se em cada centímetro da sua pele. As suas mãos sentem, mamas, cús, vaginas húmidas. Por entre beijos e cabelos que lhe passam à frente dos olhos, observa como aquela mulher escultural se vai despindo para ele enquanto o vê ser “devorado” pelas outras cinco. As luvas e as calças jazem no chão enquanto desaperta o corpete. De seguida retira as botas que parecem deslizar sem esforço. Fica apenas de sutiã e fio dental olhando-o a ser comido. Sim porque todas se “serviam” do seu membro erecto que já sentira bocas, mãos, vulvas e até um cuzinho, apertadinho por sinal.

- Já chega, agora ele é meu!

As cinco mulheres afastam-se relutantemente, nos seus olhos ainda arde o desejo de o terem para elas. Ulisses tenta recuperar o fôlego enquanto observa aquela escultura viva a aproximar-se andando sobre a cama.

- Vá reclama o teu prémio…

Ulisses fixa aqueles olhos, um azul outro verde, levanta os braços na direcção dela, que está agora ajoelhada à sua frente. Retira a coleira de couro que permanecia no pescoço dela e faz deslizar as mãos ombros abaixo num gesto suave mas rápido baixando as alças do sutiã. Na continuação do movimento desaperta o fecho expondo os belos seios e os mamilos hirtos a pedirem atenção. Não resiste e abocanha um e depois o outro provocando os primeiros gemidos de prazer. As mãos continuam em trajectória descente até encontrarem a última peça de roupa que permanece e que é arrancada à quele corpo sem piedade. Sente-a encharcada ansiando por ele. Olha-a nos olhos que também não conseguem disfarçar a vontade. Empurra-a pelos ombros deixando-a deitada de pernas abertas à sua frente. Pega-lhe nos pés e passa a língua pelas solas de cada um dos dedos grandes. Afasta uma das pernas e desliza vagarosamente a língua pela outra em direcção ao vértice do prazer. Sente as costas dela arquearem quando a prova finalmente. Levanta-se debruçando-se em seguida sobre ela e colocando os seus lábios a milímetros dos dela. Encosta a ponta do seu falo à entrada da porta para o paraíso e sento o pulsar daquele corpo que deseja o dele.

- Vá fode-me porra!
- Estava a ver que não pedias…

Enfia-se nela de uma vez e sente uma explosão de energia a percorrer ambos os corpos unidos como um. A sintonia dos movimentos com o acelerar do ritmo compassado pelos gemidos, que se transformam em berros de prazer, enche o quarto. Não sabe quanto tempo durou, quantos orgasmos dela sentiu mas quando finalmente chega o seu, satisfá-lo que venha acompanhado de mais um dela.




Acorda com a boa seca, levanta-se e procura um papel. Tem de escrever o sonho que acaba de ter…




FATifer

8 comentários:

  1. Como é evidente, até por uma questão de alguma imparcialidade, não vou comentar esta história no meu canto, mas comento aqui:

    -Curti aos molhos :)

    Um Grande Abraço

    :)

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    1. Caro Ulisses,

      Em primeiro lugar apaguei um dos teus comentários só porque não gosto de duplicações.

      Ficou contente que tenhas gostado. Acho que é evidente que não tenho o mesmo jeito que tu e outros para a escrita erótica mas de vez em quando até me surpreendo ;)

      Aproveito para agradecer o “mui ilustre” e o “grande” que me atribuíste :)

      Obrigado por me motivares a escrever algo assim, coisa que não fazia há uns tempos!

      Um grande abraço também para ti,
      FATifer

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  2. Ainda estou a tentar perceber o que é um teto. A fêmea da teta? Abraço!

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    1. Caro amigo,

      Obrigado pela chamada de atenção (fdp do corrector ortográfico!), já corrigi para te tirar as dúvidas. Por mais que fale de tetas mais à frente no texto no início era “tecto” que devia ter escrito (e já agora “teto”, quanto muito, seria o masculino de teta! :P).

      E ao menos gostaste do texto?

      Abraço para ti também,
      FATifer

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  3. Um texto bem erótico, que de alguma forma evidencia "os sonhos" de alguns homens... :)))

    Mas gostei da história! :D

    Beijocas!

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    1. Teté,

      Dado o cariz do espaço do Ulisses e o desafio em si, achei que seria uma maldade e ao mesmo tempo muito pouco dentro do espírito do desafio se o colocasse como protagonista de uma conto da carochinha! :)

      Ainda bem que te agradou, sabes que valorizo bastante a tua opinião.

      Beijinhos,
      FATifer

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  4. O texto está fixolas, sim senhor, então agora que tem um tecto sobre a cabeça, nem se fala! Abraço!

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    1. Meu amigo,

      Obrigado mais uma vez pela revisão do texto e ainda bem que te agradou minimamente…

      Abraço,
      FATifer

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