Estava a ler uns e-mails antigos e encontro a transcrição
deste poema... achei que ficava bem aqui só porque sim…
Arma secreta
Tenho uma
arma secreta
ao serviço
das nações.
Não tem
carga nem espoleta
mas dipara
em linha recta
mais longe
que os foguetões.
Não é
Júpiter, nem Thor,
nem Snark
ou outros que tais.
É coisa
muito melhor
que todo o
vasto teor
dos Cabos
Canaverais.
A potência
destinada
às
rotações da turbina
não vem da
nafta queimada,
nem é de
água oxigenada
nem de
ergóis de furalina.
Erecta, na
noite erguida,
em alerta
permanente,
espera o
sinal da partida.
Podia
chamar-se VIDA.
Chama-se
AMOR, simplesmente.
António Gedeão, Poesias
Completas
FATifer